Expocachaça movimenta Belo Horizonte com projeção de injetar R$ 30 milhões na economia
Tem início hoje (7) em Belo Horizonte a 34ª Expocachaça, evento pioneiro do setor. Neste ano, a Feira que se estende até o sábado (9) se consolida como um hub de fomento cultural, gastronômico e empreendedor ancorando mais dois eventos: a 18ª BrasilBier ampliando a visibilidade das cervejas especiais brasileiras; e a 3ª edição do …

Tem início hoje (7) em Belo Horizonte a 34ª Expocachaça, evento pioneiro do setor. Neste ano, a Feira que se estende até o sábado (9) se consolida como um hub de fomento cultural, gastronômico e empreendedor ancorando mais dois eventos: a 18ª BrasilBier ampliando a visibilidade das cervejas especiais brasileiras; e a 3ª edição do Minas + Doce, plataforma que traz visibilidade à riqueza cultural da produção de doces do Estado de Minas. O evento acontece todos os dias das 12h às 00h no CenterMinas Expo (Av. Pastor Anselmo Silvestre, 1495 – União) com uma programação intensa nos formatos B2B (feira de negócios) e B2C (festival aberto ao público).
Ao todo, 250 expositores de 18 estados brasileiros ocuparão integralmente os mais de 12.170 m² do Center Minas distribuídos em estandes coletivos e individuais apresentando mais de 2 mil marcas de produtos, insumos e equipamentos de toda a cadeia produtiva para as cachaças de alambique. A previsão é de que a feira movimente R$ 30 milhões durante e pós-evento.
A realização da Expocachaça desde 1998 foi um importante movimento para que a cachaça, antes vista de forma depreciativa, passasse a ser reconhecida como um destilado nobre, produzido dentro de padrões de qualidade que impulsionam inclusive a ampliação de seu consumo no mercado nacional e internacional.Minas + Doce tem o patrocínio do Sicoob Divicred e apoio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. A 34a Expocachaça e a 3a edição do Minas + Doce são realizados através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e do patrocínio da CEMIG.
Um paraíso de oportunidades e negócios
Mais que um festival, a Expocachaça se posiciona como um verdadeiro hub de negócios e conexões, envolvendo produtores, distribuidores, lojistas, exportadores, pesquisadores e apreciadores.
O evento responde a um setor que segue em ritmo de crescimento e fortalecimento, como revela o Anuário da Cachaça 2025 (Acesse aqui para ter acesso ao documento), divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os dados, referentes ao ano de 2024, mostram que o Brasil conta atualmente com 1.266 estabelecimentos registrados, um aumento de 4% em relação ao ano anterior e de 33% na comparação com 2018. A região Sudeste lidera com folga, reunindo 65,4% do total nacional. Nesse cenário, Minas Gerais reafirma sua posição de protagonismo: são 501 cachaçarias registradas no estado, o que corresponde a 39,6% de todos os produtores do país.
O número de rótulos de cachaça registrados também teve avanço expressivo, totalizando 7.223 produtos, um crescimento de 20,4% em relação a 2023. Mais uma vez, Minas Gerais se destaca, sendo responsável por 2.492 desses registros, ou seja, 34,5% do total nacional, o que demonstra a riqueza e a diversidade da produção artesanal no estado.
A produção nacional também registrou uma alta significativa. Em 2024, foram declarados 292,46 milhões de litros de cachaça, um crescimento de 29,6% frente aos 225,6 milhões de litros produzidos em 2023. A região Sul foi a que apresentou o maior avanço percentual: um salto de 300,6%, com 58,2 milhões de litros produzidos. Já a região Sudeste permanece na liderança, com mais de 172,6 milhões de litros, o equivalente a 59% da produção nacional.
Em termos de empregabilidade, a cadeia produtiva da cachaça também se mostra relevante. Em 2024, o setor gerou cerca de 6.363 empregos diretos mensais, o que representa 4,5% de todos os empregos formais no setor de bebidas do país, segundo dados do CAGED/MTE.
No campo das exportações, o setor enfrentou retração. O Brasil exportou 5,58 milhões de litros da bebida para 74 países, o que representa uma queda de 22,7% no volume e de 28,1% no valor, totalizando US$ 14,54 milhões.
Minas Gerais, além de ser o berço da cachaça de alambique, permanece como motor cultural e econômico da bebida, seja pela quantidade de alambiques, seja pela variedade de marcas e estilos, preservando o saber-fazer tradicional ao mesmo tempo em que impulsiona inovação e profissionalização no setor.